Chamei-lhe tédio...

... mas não é tédio.
Para ser tédio, tinha que estar aborrecida por me faltarem objectivos e não estou nada aborrecida nesta "viagem" ao subjectivo.

Os factos apontam todos para a perda da identidade da humanidade e isso vai fazer com que tudo o que até agora era objectivo, deixe de o ser.
É importante conseguir desligar a máquina do tempo, pois que o tempo não existe a não ser nas nossas cabeças.
Como um dos objectivos principais da humanidade é a parte material, isso obriga-nos a gerir uma coisa que nem existe, criando horários ridículos para viver.

Pois foi a isso que eu fugi e estou bem longe de seguir objectivos baseados em trabalho mental, porque prefiro "navegar" na subjectividade de ter tempo livre para pensar, apenas pensar...
Penso na guerra e não faz sentido, penso nas ameaças terroristas e não fazem sentido, penso nos incêndios e não fazem sentido, penso no estado geral das coisas e como não fazem sentido, agarro-me ao único sentido que faz sentido, ter tempo para passar o tempo, sem me preocupar com o tempo que está a passar, porque o meu objectivo não é ocupar o tempo a cumprir objectivos.

Há quem sonhe com viagens, com férias, com um rol de coisas perfeitamente inúteis espiritualmente, mas de grande valor mental, porque se tornaram na contrapartida óbvia da "venda" do tempo que devia ser livre e está preso aos objectivos materiais de quase todos.
Pensar em estratégias de poder é das coisas mais estúpidas que existem e é por isso que eu tenho dó dos políticos, por exemplo, pois ocupam o tempo todo a pensar apenas neles próprios e na matéria.
A Humanidade está a pagar o preço da objectividade, duma forma cruel, mas este ciclo tem que se cumprir e não há nada que eu possa fazer a não ser isto, partilhar o meu "tédio" com quem me vai lendo.

Cada um de nós é um ser subjectivo que se tenta agarrar a algo objectivo de forma a justificar a existência, o que faz da maioria, meros adjectivos da substância.

Experimentem ser apenas substantivos...
... e vão ver como vão gostar!
:)