Isto dos Blog's:
Por muito que digam, por muito que escrevam, por muito que inventem ou divaguem, ninguém vai saber as razões que me levam a escrever num blog.
Nem precisam de se dar ao trabalho de pensar, porque eu digo.
Faço exactamente como eles, mas ao contrário.
Escrevo para que sejam eles a ler-me (como eles), enquanto encolho os ombros para o que eles escrevem, ou dizem, ou pensam, ou isso (enquanto eles pensam mesmo que são importantes por falar dos outros).
O "eles" não tem nada de pessoal, nem é nenhuma boca foleira.
São todos os que em nada, ou praticamente nada, se identificam comigo.
O "comigo" é pessoal e tal, claro.
Pois este meu blog serve nem eu sei para quê, já serviu para muita coisa, sem eu saber para o que estava a servir, servir-me-à a mim daqui a uns anos porque há dois anos que me serve de consolo e servirá para chorar, rir e mandar tudo pró caralho, se me apetecer.
Aquilo das audiências:
Audiências não encaixa, porque eu comunico.
O que sinto, o que não quero que ninguém saiba que sinto, o que gostaria de sentir e até o que gostaria que todos sentissem.
Esta é a parte mais importante do post, portanto é aqui que as pessoas que se dão ao trabalho de me ler, encaixam certinhas e direitinhas.
De alguma maneira, por algum motivo, sugestão, sensação e essas merdas todas que nem temos paciência para enumerar, algo mexe com cada pessoa que está a ler... isto.
Poizé!
Ainda bem, digo eu.
Não sou assim tão diferente de alguns, nem no que sou, nem no que sinto.
Não preciso de psicólogo, porque consigo comunicar.
Isto aprende-se, mas eu gostava de ensinar aos que nem se apercebem que andamos todos cá perdidos.
Cá, lá, ali e acolá, aos molhos e envinagrados, muitos deles.
Isso do que se escreve:
Adoraria não ter que falar de ninguém.
Impossível!
A televisão não deixa, "eles" não deixam, ou seja, andem aí...
Escrever é fixe.
Imaginem o que não teria sentido o Luís de Camões, com os comentários que iriam deixar no blog, se tivesse tido um blog.
Ao menos a mim, não me chamam zarolha.
Tenho 3 olhos que funcionam.
Lê-se ólhos, mas são 2 ólhos e 1 ôlho.
O plural de olho do cú, que felizmente não temos, é olhos do cú (lê-se ôlhos) e não olhos (ólhos).
3, porque também escrevo merda e até com facilidade.
A língua portuguesa diverte-me imenso.
Uma espécie de jogo mental, que só mesmo a idade nos ensina a usar.
Curto registar momentos.
Aquela cena que nem se espera:
Como não espero nada, tudo se pode esperar como reacção ao que eu escrevo.
Quanto muito espanto-me por ter uma colecção espectacológica de e-mails trocados com almas.
Eu sempre soube que era muito espiritual, mas aqui é muito melhor que ir à missa.
Pelo menos, faz muito melhor!
Apesar de não me vir aqui confessar, rezo com os meus leitores.
Esperavam por esta?
Esperava encontrar almas na internet, sim, mas encontrar tantas que também não estavam à espera, é que é giro.
Eu sei o que escrevo, mesmo que depois não me lembre.
O que me satisfaz:
É tanta coisa...
Também não:
Outra tanta...
Resumindo... finalmente... pode ser tudo o que dizem, mas é excelente ser o que é, um blog especial.
Especialmente porque, as pessoas sabem como me encontrar e o que dizer.
A energia tem destas coisas...
Partilhar faz de nós, mais nós, mais confiantes, menos perdidos e principalmente mais seguros nas dúvidas que nos apoquentam a todos.
Vou percebendo umas coisas disto de "ter um blog", enquanto que na vida estou sempre a aprender, às vezes nem eu sei o quê e só depois reparo que aprendi.
Tal e qual como... tu!
É caso para dizer: cá estamos... e ainda bem!!!
Comunicar é uma surpresa constante...
Como é que acabo este post?
Assim: Mas que caralho, não tens mais nada p'ra fazer?
:)
sexta-feira, agosto 26, 2005
Isto dos blog's, aquilo das audiências, isso do que se escreve, aquela cena que nem se espera e o que me satisfaz e também não... resumindo:
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