É preciso querer mudar..

O título é para ler devagarinho, porque são poucos os que querem mesmo mudar.
Eu curto mudanças.
Não curto mudar de humor.
Eu sou uma espécie de agente infiltrada que se dedica a observar pessoas, para lhes analisar qualquer coisa que, nunca se sabe antes o que é.
Não me sinto como os demais, portanto tenho que ter nascido infiltrada.
Deve ter sido sem querer...!
Curto pingue-pongue e ping-pong.
Curto cenas que vão e voltam, para voltar a ir e vir até que, alguém não consegue aguentar mais.
Ritmos.
Cães, eu oiço muitos cães a ladrar todo o santo dia...!
Às vezes nem os oiço, fazem parte do som de fundo inaudível que conseguimos atingir se estivermos entretidos com qualquer coisa.
Eu ando sempre entretida, mas quando os oiço apetece-me ser cadela.
Palavra de gaja!
São tantos, mas tantos a ladrar que, só me apetece ser mais uma...
Antigamente eu ladrava.
Ladrava a sério.
Chegavam a procurar o cão.
Acontecia mais nas poucas empresas em que trabalhei, mas também ladrava onde fosse preciso.
Conseguia parar com as loucuras que outras pessoas inventavam e era isso que me dava gozo.
Sempre soube que o facto de chamar a atenção sobre nós próprios, pode ser manipulado.
O ideal é fazer qualquer coisa fora do normal mesmo.
O impacto é importante e é preciso saber o que fazer depois.
Abanar o rabo é uma hipótese e dizer qualquer coisa inteligente pode causar embaraços.
Pode-se ladrar novamente.
Eu era maluca...!
Alguém me sabe dizer se existe possibilidade de negócio se a cena for cultivar tabaco biológico?
Ando para aqui a pensar que, se calhar, se podia contornar a cena dos componentes cancerosos e tal e já que a partir de 2010 a cultura morre mesmo, podíamos inventar o novo tabaco do futuro.
Prefiro "bio" a "tecno", é lógico...!
Já não ladro, encolho os ombros.
E mentalmente jogo pingue-pingue e pong-pong, às vezes.
Mudar é bom, mas é sempre arriscado, porque deram-nos uns conceitos de segurança completamente marados.
Ninguém 'tá seguro...!
Continuo a apurar, eu digo APANHAR IVAs.
Daí que é fácil ter rasgos de loucura.
Se for preciso volto a ladrar.
É na boa...!