Estava eu sossegadinha e o telefone tocou.
- 'Tou?
Patati, patatá, 'tá bem, ok e pronto, já não ia jantar sozinha.
O convite era para sair e ir ao restaurante, mas aqui a tótó tinha comprado uns bifes e quem é que me tirava a ideia da sensação de os comer, da cabeça?
Os bifes chegavam e pronto.
Divinais...!
Por estas e por outras é que evito fazer contas de cabeça.
Tinha eu somado o bife, diminuído uma bjeca, somado um café e obtinha um resultado satisfatório, uma digestão no computador.
Partilhar bifes não deixa de ser um prazer, mas acontece que para partilhar coisas assim, abdica-se disto...!
Conforme o serão avançava, a ânsia marcava presença.
E eu ali, à mercê dos sorrisos, das piadas, das conversas profundas sobre política, economia, futebol e os demais adubos, que nos fazem mirrar a esperança, a sorrir em pensamento.
Às vezes não medimos a proporção das coisas.
Tinha uma coisa agendada e depois tive que improvisar, isso alterou todo o meu trabalho cerebral.
Tem piada...!
A vida é um improviso, com alguma agenda incluída.
(Esta frase merece destaque!)
Volta e meia lembrava-me do computador.
E a sensação do ver a vida em segundos acontecia: mails, ler, escrever, blog´s, ler, escrever.
Escrever...
Apetecia-me tanto ler.
Apetecia-me tanto escrever.
No entanto, estava bem acompanhada, a rir-me e tal, na boa e assim.
Eu sou engraçada.
Ouvi várias vezes que o meu sorriso era idiota, mas eu tinha os meus pensamentos e com eles também sorria.
Uma sensação do tipo, vou passar a reunião (o tempo em que estamos com outras pessoas) a brincar mentalmente com a agenda (a mente em todo o seu explendor).
Nos fundo era mais uma noite, daquelas noites em que enchemos chouriços.
O Mundo não muda, os sentimentos estão lá rodeados pela realidade, sendo esta estranha e facilmente discutível em tom de brincadeira.
Muito tempo perdemos a encher chouriços...
Não é que não me saiba bem, porque sabe, mas tenho outras alturas que prefiro nem pensar em chouriços, como tem sido o caso ultimamente.
A maioria das pessoas que estão comigo algum tempo, perdem-se no tempo.
Às vezes mando bocas do estilo:
- 'Tá-se bem, n'é? A minha companhia é fixe e tu não tens mais nada que fazer... e ainda dizem que viver bem não é fácil!
:)
O meu lado insolente é este e tenho um carinho especial por esta "esquina".
Uma mulher como eu, tem sempre montes de merdas para fazer, mais uma encosta de merdas que gostava de fazer, fora aquele tempinho em que sonho com mais merdas que podia fazer qualquer dia...
É só por isso e porque tenho a puta da mania de ir fazendo o que me apetece fazer, porque faço tanta coisa que o melhor que eu tenho a fazer, é ir fazendo conforme os apetites.
Também sinto que as pessoas estão bem. Não dizem, mas pensam.
No fundo, eu leio pensamentos facilmente.
É um jogo que não jogo, mas participo a feijões na boa.
O que interessa agora, é que 'tou viciada nisto.
Sou uma espécie de Cinderela da meia-noite.
Transformo-me e assumo o papel da Gata Borralheira no mundo encantado.
Pelo menos passa-me isto pela cabeça, quando estou acompanhada e não me posso sentar aqui...
:p
Ontem, ainda consegui espreitar os mails, o blog e tal, assim de fininho e quando me fui deitar ia com a sensação de não ter cumprido a agenda.
Adormeci a sorrir com os pensamentos que me atravessavam o pensamento.
Bué deles.
Adoro deixar a mente a brincar sozinha, enquanto descanso o corpo.
Estar comigo é uma terapia de choque arrasador de tensões, ou seja, uma cura de relaxe de cair pró lado.
Até eu fico cansada.
Eu teria relaxado mais se tivesse tido o meu serão meramente virtual, mas também fico satisfeita de ver satisfeitas todas as pessoas que procuram a minha companhia e eu aceito a companhia delas.
Então e agora?
Agora que já tirei os disparates da cabeça, vou mandar um mail a sério.
:)
sábado, agosto 27, 2005
Um exercício de imaginação...
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