segunda-feira, março 21, 2005

Pequenos prazeres nestes últimos dias...

Na 6ª feira veio cá um amigo jantar.
Para ele foi mais uma aventura, já que faltou a electricidade antes de jantar e quase que jantávamos à luz das velas.
Por causa dele, comecei a ver as bruxas de Salém e aquilo acabou tarde.
Ele bazou a meio do filme, mas eu não curto deixar as coisas pela metade e acabei de ver o tal filme todo, já que nunca o tinha visto.
São raros os filmes ou os livros que me fazem pensar em coisas que nunca pensei, portanto nada de extraordinário se passou na minha mente.
De qualquer maneira tive o prazer da companhia, da brincadeira e até senti prazer pela paz que hoje em dia sinto, sempre que estou com ele.
Já não tenho que me controlar, nem sou atacada por qualquer tipo de nostalgia.
Na minha memória ficará, suponho que para sempre, a lembrança das emoções vividas e no presente existe a compreensão e o carinho.
É fixe isto...
A minha relação com o passado é simples. Tudo o que já vivi, está vivido e o que interessa é o que sinto no presente, no "hoje", no "aqui" e no "agora".
Também aceito como normal a simples passagem de pessoas na minha vida, e talvez por isso não me faça muita confusão saber que existem pessoas que se lembram de mim, tanto como eu me lembro delas, mas cujos caminhos ou aprendizagens sejam diferentes e por isso nem eu sei delas, nem elas de mim. Na maioria dos casos existe sempre uma forma de saber.
Já consigo achar natural cruzar-me com pessoas e fazer parte da vida delas e elas da minha por pouco tempo, porque muitas vezes é apenas necessário o tempo de aprender qualquer coisa que, quer eu, quer as outras pessoas, precisávamos de aprender.
E quem diz aprender, diz viver...
Um dos meus objectivos, para já, é precisamente não me sentir confusa com nada que, não me diga directamente respeito.
Sinto-me muito bem assim...
No sábado acordei tarde e mal me levantei adivinhei que ia ter o prazer de estar com outro amigo.
E a minha filha deixou-me ir lanchar com ele...
Tive prazer com a companhia, com a conversa, com os alimentos e com as brincadeiras.
Outro prazer que sinto, muito importante, é o facto de já não ter que vestir tanta roupa.
Sinto-me mais leve, mais solta e já dormi sem roupa.
Só me apercebi das saudades que tinha de entrar na cama sem roupa e sem frio, quando já estava entre os lençóis.
Já me levanto sem ficar toda arrepiada.
É tão fixe isso!
Não gosto do frio...
Domingo para mim ainda não acabou, mas depois de limpar a casa, meti-me no banheirão e o banho de espuma e bolhinhas soube-me tão bem, tão bem, que já nem acho que seja um desperdício, uma banheira tão grande só para mim.
Só eu sei o que este pensamento me faz sorrir...
Já não me custa tanto engomar, porque sinto prazer em ver a roupa engomada (uma estupidez, mas enfim!) e, em vez de engomar amanhã à noite na companhia do "levanta-te e ri", despachei já hoje a roupa toda na companhia da "quinta das celebridades".
Preciso da televisão e de palhaçadas para passar a ferro. Rir é sempre um prazer. Pode e deve acompanhar um tarefa.
Esta regra não se aplicou enquanto durou a "pré" e a campanha eleitoral.
Começou a Primavera. Choveu, ou melhor chuviscou.
Prefiro a chuva ao frio intenso!
Escrever continua a ser um prazer, mas as palavras podem parecer confusas, podem confundir e quando não escrevo é porque estou a ter outros prazeres, ou se não estou a ter prazer, pode acontecer que eu não esteja a conseguir, encontrar as palavras certas, para o descrever.
É um prazer saborear esta paz...
Só eu é que sei!
:)