quarta-feira, setembro 13, 2006

Cobras e osgas...

Ontem matei outra filha de osga, desta vez na casa de banho.
Tinha uns olhos pretos enormes e o rabo ficou a mexer...

Ontem tive que enfrentar um administrador de cobras.
Moro num sítio perfeito, só que rodeada de cobras...
Neste lindo condomónio, tem cobras para todos os gostos. Umas são ignorantes e não sabem ler o regulamento, outras são assanhadas e querem é confusão, outras são estúpidas e fazem o que outras lhe dizem e ainda tem cobras venenosas cujo veneno espalha a ignorância e a estupidez, nos mais incautos.
Que posso fazer?
Agarrar numa vassoura e desatar à vassourada, é uma hipótese, mas nem me apetece, portanto tenho que me convencer que falar alto e em bom som é a hipótese mais engraçada para afastar as cobras da nossa vida.
A minha dúvida é, será que isso incomoda as cobras, ou vou estar só a alimentar a energia venenosa que elas emanam?
São cobras básicas e ignorantes, mas não deixam de ter a força de incomodar a paz e o sossego dos outros (neste caso a nossa), por isso ando aqui a dar voltas à cachimónia de como é que as hei-de foder (e não é no bom sentido da palavra, não!), para as fazer parar de nos tentarem foder a nós...

Os factos resumem-se assim:
Isto é um condomínio fechado e a piscina é a fonte de todos os problemas.
No regulamento não existem restrições à quantidade, ao peso, nem à altura dos utilizadores, mas as cobras embirram com a minha filha, porque ela vai para a piscina com 4 ou 5 amigos.
As cobras não querem tanta gente e lançam veneno por nós vivermos numa casa alugada, que para todos os efeitos do regulamento nos torna moradoras, em vez de condóminas, apenas e só, e segundo o regulamento temos direitos iguais, mas na cabeça das cobras isso não existe.
Ontem um administrador pôs fora da piscina, 2 dos 4 amigos que estavam com a minha filha e ainda começou com ameaças de que qualquer dia nem 2 podia trazer (2 é o que as cobras acham aceitável). Estavam sozinhos na piscina, não estavam a fazer barulho, não foram mal educados, nadinha de nada. Fui falar com ele e comportou-se de forma arrogante em cima dos tacões de salto alto que o cargo de administrador lhe dá (grande coisa, pá!) e acabei com a conversa dizendo-lhe que ia falar com a minha senhoria que é condómina como ele.
(A conversa teve pormenores engraçados, como eu ter os estatutos na mão e ele me dizer que quem mandava era ele e não interessava o que estava escrito, porque tinha falado comigo antes do Verão ter começado e me tinha pedido para a minha filha não levar muita gente para a piscina e quando me falou que isto tinha regras eu lhe ter lembrado que até aquele momento ele me tinha mandado limpar o rabo aos estatutos e outras barbaridades de um bate-boca que não leva a nada.)
Falei com a procuradora da senhoria e as duas reuniram-se com 2 dos administradores. Como conclusão da conversa entre eles, o tal administrador não podia ter feito o que fez, mas pediu encarecidamente que a minha filha só levasse 2 miúdos para a piscina, porque estava farto de receber telefonemas e queixas dos outros (devem ser as tais cobras, n'é?), donde se conclui que, como não consegue enfrentar as cobras, arma-se em herói junto dos que ele acha que são os mais fracos, os miúdos. Na minha terra a isto chama-se cobardia.
Foi pena hoje não estar tempo de piscina e eu até podia achar que a sorte está do lado das cobras, mas elas não me conhecem e eu nem acredito que elas estejam com sorte, portanto vou pensar muito bem no que vou fazer, sem levar isto para a justiça, porque seria mais um processo a arrastar-se no tempo e isso far-me-ia gastar dinheiro com merdas que não iriam resolver o problema.
A isto estamos todos sujeitos e cada um só tem que se safar como puder e souber, mas a minha missão agora é descobrir a fórmula eficaz de ensinar as cobras a serem educadinhas...
(Que merda de missão, n'é?)
:)