quarta-feira, janeiro 05, 2005

Queridos futuros netos,

Lá para os lados da Tailândia, os Tailandeses queixam-se do Governo lá deles. Parece que os do Governo dão mais atenção aos estrangeiros que aos que lá vivem, lá vão ficar (os que ficaram para contar) e lá vão continuar...
Parecem os Portugueses a queixarem-se do mesmo.
Enquanto isso, os jogadores de futebol oriundos do Brasil, demoraram-se nas férias de Natal e agora estão a braços com alguns problemas.
Imaginem vocês que, um trabalhador normal pode faltar justificadamente ou não, mas nestas coisas do futebol, tem que se instaurar um inquérito para que o jogador justifique as faltas, dando origem a um processo disciplinar, fora a multa...
Nem quero imaginar o que seria se esta prática chegasse à Função Pública, onde um atestadozinho atesta logo a falta, ou faltas.
Hoje em dia, conhecemo-nos uns aos outros, ou seja, conhecemos alguém que é Médico, Advogado, Polícia, Agente de Seguros, Perito, Fiscal Tributário, Escriturário no Tribunal, Adjunto do Conservador no Notário, etc, etc., e se não conhecemos nós, alguém que a gente conhece, conhece...
Assim é que é giro!
Aprendemos com os Políticos a safarmo-nos uns aos outros e curtimos com isso, por isso é que às vezes, alguns se lixam.
Confiam demais, é o que é!
Mas, voltando à Tailândia, aquilo não está nada fácil para o Povo, que tem tudo destruído e ainda por cima se queixam do Governo...
Muita sorte estamos a ter nós, os Portugueses que nos limitamos a ver os políticos brincar aos Governos e às eleições. Temos ordenados baixos, preços altos, desempregados a dar "cum" pau e fartamo-nos de inventar piadas!
Existem Povos que levam a vida a cantar e a dançar, outros levam a vida a trabalhar e a serem explorados, mas nós estamos mais virados para as anedotas, porque gostamos de nos rir...
A culpa é da burocracia!
A burocracia obriga-nos a fazermos figuras de parvos com um sorriso, a sermos idiotas porque desconhecemos a maioria das coisas que o Governo inventa, mas pelo menos não estamos a chorar, nem a reconstruir o País, como aqueles Países da Ásia.
Desconfio que por cá vamos continuar neste caminho de auto-destruição de valores, que espero já ter sido resolvido quando vocês tiverem idade para ler isto...
Quando conseguirmos a atingir um grau considerável de "destruição", podemos começar a pensar em reconstruir, até lá temos que deixar o tempo passar.
Tenho esperança!...

Assinado: avó querida