quarta-feira, abril 06, 2005

Maluca... pois... com muito gosto! :)

É fácil ser maluca neste País!
Basta ser um bocadinho diferente da maioria e não seguir à risca os códigos de comportamento impostos pela sociedade.
Eu costumo dizer que tive sorte, por ter nascido em 62 e ter vivido a minha adolescência depois da Revolução dos cravos vermelhos.
Agora não há quem os veja...
Fomos e somos (ainda!) criados com base na vergonha.
A vergonha nasce no momento em que nos deixamos convencer que estamos a ser observados, julgados e condenados.
Por exemplo, basta que esteja a dar uma música que mexe comigo e eu sinto-me logo tentada a esquecer o que me rodeia e como não canto (assusto!), danço.
Se estiverem algumas pessoas à minha volta, vão logo pensar que eu sou maluca, porque nem a música estão a ouvir.
Sempre achei melhor agir de acordo com o que sinto, porque não acho piada nenhuma a ter que me controlar, por causa do que os outros possam pensar.
Dizer o que muitos (apenas!) pensam, ajuda-me a sentir-me bem comigo, mas também faz com que me chamem maluca, muitas vezes...
São as pequenas coisas que fazem de mim uma ganda maluca!
Posso subir para cima de uma mesa, abrir os braços à chuva, dançar como uma possuída, seguir os instintos primários, que não me sinto "culpada" de nada.
A educação do Povo Português é uma coisa muito estúpida, porque desde pequeninos que, nos tratam como se fossemos logo culpados de alguma coisa.
Somos nada!
Eu costumo condenar as cobranças que são feitas, baseadas nos sacrifícios que fazem ou fizeram para nos dar uma boa educação, patati... patatá... blá blá blá...
Puta que pariu a teoria, porque o que eu gosto é da prática (sempre gostei!)!
Não fizessem sacrifícios...
Este Povo é triste, porque se sacrificam, porque se condenam, porque têem a mania que sabem tudo e afinal não gozam nada!
O pouco que gozam até o fazem às escondidas...
São uns tristes!
E eu sou maluca...

... porque sinto,
porque digo,
porque não penso no que faço,
antes de o ter feito!
A vida é um instante,
o agora é o momento para decidir...
Sim ou não?
O que sinto é importante,
porque escolhe,
porque decide,
o que é o melhor para mim
e num segundo,
estou simplesmente a viver
o momento!
Pensar é bom,
mas é depois de se ter feito,
ou dito...
Maluca?
Pode ser...