terça-feira, maio 30, 2006

Ainda existe o medo de falar...

Fala-se tanto de liberdade, diz-se à boca cheia que se já podemos falar, mas vivemos engasgados.
Engasgamo-nos para não dar barraca, engasgamo-nos para não nos fragilizarmos seja de que forma for, esgasgamo-nos alegando o direito à privacidade, esgasgamo-nos porque falar, custa p'a caraças!
Algo que eu diga, pode ser interpretado de mil formas, mas nada do que eu possa dizer tem mil interpretações.
Tem a minha interpretação, e... e... nem sempre as palavras acompanham os sentimentos.
Tudo isto para dizer que, faço questão de, não me privar de falar do que me apetecer, mesmo que seja mal interpretada, pois que não falar, é viver preso em conceitos e preconceitos.

A minha filha "omente", ou seja, o que pode omitir, omite e o que não pode omitir, mente.
E porquê?
Porque está insegura, porque está a descobrir que vive num mundinho de tangas, de belas aparências, de palavras caras, de comportamentos reprimidos, etc (nem me apetece pensar nisso), e vai daí, acha que consegue o que quer da forma mais rápida (sem falar muito), baseando-se no conhecimento que tem de mim.
A insegurança é uma cena fodida!
'Tou segura da insegurança que é viver, não me posso sentir insegura em mais nada...
Se ela mente, vai aprender que a verdade existe e se fugirmos dela, ela acaba por nos cair em cima.
Aí sim, mais vale ficar de boquinha calada...

Ainda existe o medo de falar...
... porque vivemos num mundo de doidos!
(E com esta, vou tratar do sono reparador da disposição para aturar tudo isto.)