São as perguntas simples que, às vezes, me levam a perceber a dimensão do que é questionável.
Sinto uma sensação absurda de admiração perante a realidade aparentemente complexa, mas que para mim é simples de defenir.
Realmente eu não bato bem da mona.
Não posso bater...
Desde miúda que sempre me disseram que eu tinha a resposta na ponta da língua.
Nem tenho...
Se eu não sei qual vai ser a pergunta como meto a resposta na ponta da língua?
Não faz sentido.
Nunca fez e os adultos nesta "parte" nunca me enganaram...
A explicação simples para esta "artimanha", é a expontaniedade.
O que eu sou é... expontânea...
É isto que mete medo.
As pessoas são habituadas a terem cuidado com o que dizem...
E complicaram tanto que vivemos rodeados de pretextos que nos impedem de dizer o que nos vai na alma.
É por isso que a maioria das pessoas, primeiro pensam numa resposta, analisam se é socialmente correcta e só depois se pronunciam.
Uma complicação para mim, esta merda...
Eu pensar até penso.
Tenho dias que não me apetece pensar, mas é inevitável.
Contudo tenho truques para "comandar" o pensamento e não deixar que ele vagueie solto, a não ser que me queira deixar levar pela imaginação e queira divagar, sorrindo...
Mas para quê perder tempo a pensar?
Pensar complica...
É por isso que eu não bato bem da mona!
Ando farta de pensar e quanto mais penso, pior fico...
Como arranjo saída para mim se estamos todos num beco?
Ainda bem que estou agora a pensar nisto.
Agora fiquei contente.
E também estou contente porque, por muito tempo que perca a pensar, não deixei que as coisas simples se complicassem.
Continuo a senti-las...
E é na ponta da língua que está mesmo o segredo... de uma boa resposta!
A verdadeira resposta é aquela que não é pensada e sim, sentida.
É a minha identidade.
Já a personalidade é outra coisa... :)
domingo, janeiro 18, 2004
As coisas simples passam-nos ao lado frequentemente...
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