... dos que não morreram, claro!
Existem os que já não vão votar, por muito que queiram, coitados...
Se calhar alguns dos familiares daquelas vítimas também não tiveram cabeça para votar, eu compreendo...
Mas é assim a vida... dia de eleições... "toca a ir votar"... pelo futuro...
Nem sei se deixaram que fossem feitos funerais... nem deviam deixar, se deixaram...
É... atentados, mortes, eleições e funerais não são compatíveis... não são... eu sei que não são...
Imagino eu o Governo do Aznar (com este nome ele queria o quê?) a ponderar se adiavam ou não as eleições.
"É melhor não, podemos perder votos."
Pois eu compreendo que, para esta malta da política o que conta é o Partido, o Tacho, o Futuro, o Status e Isso.
As pessoas contam é nas urnas!
E ninguém repara nisto...
Como é que pode ser lógico nós votarmos em URNAS para decidir o nosso futuro?
É cómico, porque afinal o nosso futuro garantido é a morte.
E com sorte, "vamos" de URNA!
As eleições são mórbidas!
Usamos um papel, fazemos uma cruz e no fundo, no fundo fazemos a cruz com o sentimento de nos "calhar" alguns que nos aliviem o tempo de vida, porque mortos já nós estamos...
Hoje em Espanha devia ser decretado o Dia Nacional da Urna, em homenagem aos mortos!
Pois era...
(O meu humor hoje deve-se ao facto de me ter esquecido de tomar o comprimido antes de ir descansar. Não é normal esquecer-me deste.)
(As tranças foram 8.)
(Vou finalmente fazer o jantar.)
(Até logo.)
domingo, março 14, 2004
E a vida dos Espanhóis continua...
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