domingo, maio 02, 2004

Dia da mãe

Como é que se faz para aguentar dias... e dias... e dias... e dias seguidos de tristeza, de angústia?
Como é que se faz para continuar a ser uma boa mãe, no meio de tanta desilusão?
Como é que se educa uma filha com amor, quando eu própria estou carente?
O que é que eu faço se até o meu amor-próprio anda pelas ruas da amargura?
Só sei que não é justo...
... e neste momento não está a ser justo, nem para mim e muito menos para ela!

Filha... perdoa-me pelas minhas falhas, pelos meus nervos, pelas minhas tristezas...
Filha... o meu amor por ti é eterno, mas já chegámos à conclusão que não chega amar...
Filha... tenho tanta pena de não saber fazer melhor...

Dias... e dias... e dias difíceis... seguidinhos... dias de recordações, de memórias dolorosas... dias... e dias... e dias seguidinhos em que me lembro da minha mãe que perdi... que já não precisa de mim... dias... e dias... e dias seguidinhos que sinto a dor da saudade...

Filha... este é mais um dia em que vamos fazer as duas o melhor que pudermos, que soubermos e que conseguirmos... tá?
O nosso amor é mais forte que todas as desilusões que já vivemos!
O nosso amor é incondicional e mesmo que eu me sinta a atingir todos os limites, quero que saibas que TE AMO, com toda a força do meu coração e da minha alma!
Dia da mãe é todos os dias e este é apenas mais um dia... vamos aguentá-lo, tá?
Um dia de cada vez, mas sempre com amor...
AMO-TE

PARABÉNS A TODAS AS MÃES E A TODOS OS FILHOS TAMBÉM!